O vinho, quinta bebida mais consumida no mundo, tem em Portugal uma de suas grandes casas. A tradição vinícola no país começa antes de Cristo, mais precisamente com os romanos. Foram eles a estabelecer os primeiros vinhedos na Lusitânia, e foi às margens do Rio Tejo que eles encontraram o lugar ideal para fazer o cultivo. Durante séculos, o vinho era utilizado apenas para consumo interno, e após o domínio mouro em Portugal- período em que a produção ficou muito prejudicada, os vinhedos passaram a ser protegidos pelos reis da época, por lei.
Ao passar dos anos, os portugueses começaram também a exportar, com um breve início no período das Cruzadas, no ano de 1190, quando os Cruzados de Ricardo, a caminho da Terra Santa, pararam em Portugal para reabastecer. A verdadeira política de exportação se dá no século XV, junto ao período de descobrimentos.
Um dos nomes mais importantes do processo de internacionalização do vinho português veio no séc. XVII e chamava-se Marquês de Pombal. Foi ele que criou a primeira região demarcada para produção de vinho, na região do Rio Douro, onde se produz o carro-chefe do produto: o vinho do Porto. No país, existe uma enorme variedade de videiras aptas para produzir a bebida, as chamadas castas de Vitis vinífera, e junto com a Itália, Portugal é o lugar com a maior diversidade, ao todo são 342.
Durante um tempo, os portugueses não conseguiam evoluir tecnologicamente sua produção, mas nas últimas décadas, com o desenvolvimento econômico da região, as vinícolas começaram a experimentar grande evolução, mas sem desprezar sua tradição, assim ganhando prestígio no mundo todo. Atualmente, Portugal é o 10° maior exportador do produto no planeta.
