Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça

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Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, mais vulgarmente conhecido como Mosteiro de Alcobaça, é a primeira obra de estilo gótico erigida em solo português. Foi começado a construir no sec. XII, pelos monges da Ordem de Cister por ordem do primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques.
Está classificado como Monumento Nacional, e também como Património da Humanidade pela UNESCO.

D. Afonso Henriques doou muitas terras na região de Alcobaça a S. Bernardo, em cumprimento da promessa feita, em 1147, aquando da conquista de Santarém. Alguns anos depois, começou a construção do mosteiro.

O mosteiro é constituído por uma igreja, uma sacristia ea norte, por três claustros, sendo cada um circundado, na sua totalidade, por dois andares, assim como também por uma ala a sul. Os claustros, inclusive o mais antigo, possuem, igualmente, dois andares. Os edifícios à volta dos claustros mais recentes possuem três andares. Foi recentemente descoberto um quarto claustro que terá sido provávelmente destruído pelo terramoto de 1755 ou por uma grande inundação que aconteceu cerca de 1772. Actualmente o edifício ainda possui uma área de construção de 27.000 m² e uma área total de pisos de 40.000 m². A imponente fachada principal do mosteiro, da igreja e das suas alas norte e sul tem uma largura de 221m. (Comprimento superior a 2 campos de futebol).

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A Igreja é constituída por uma nave central, duas naves laterais, e um transepto, criando a imagem de uma cruz – planta de cruz latina. As naves têm uma altura de cerca de 20m ( mais de 6 andares). O comprimento total da igreja é de 106 m, (mais que um campo de futebol) a largura média é de 22 m. Esta Igreja é uma das maiores abadias cistercienses. A arquitectura da igreja de Alcobaça reflete a regra beneditina da procura da modéstia, da humildade, do isolamento do mundo e do serviço a Deus. Em 1930 uma reconstrução de algumas partes do mosteiros, nos exatos métodos medievais, tendo ficado visiveis algumas pedras de calcário contendo os símbolos dos entalhadores medievais.

Monastery_of_Alcobaça_gargoyle

Os primeiros túmulos reais

Dentro da igreja encontram-se os túmulos dos reis D. Afonso II (1185-1223; túmulo datado de 1224) e de D. Afonso III (1210-1279). Os túmulos situam-se dos dois lados da Capela de São Bernardo. Diante destes túmulos, numa sala lateral, posicionam-se oito outros túmulos, nos quais se encontram D. Beatriz, mulher de D. Afonso III, e três dos seus filhos. Um outro sarcófago pertence a D. Urraca, a primeira mulher de D. Afonso II. Não se conhece a história dos outros sarcófagos.

D. Pedro e Inês de Castro

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Túmulo de D. Pedro,
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Túmulo de Inês de Castro
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Túmulo; representação do Juízo Final

Os túmulos de D. Pedro I (1320-1367), e o de D. Inês de Castro (1320-1355), atribuem um grande significado e esplendor à igreja. Os túmulos pertencem a uma das maiores esculturas tumulares da Idade Média. Quando subiu ao trono, D. Pedro I tinha dado ordem de construção destes túmulos para que lá fosse enterrado o seu grande amor, D. Inês, que tinha sido cruelmente assassinada pelo seu pai, D. Afonso IV.

Pedro I casou em 1336, em segundas núpcias, com D. Constança Manuel , uma princesa castelhana. Devido a várias guerras entre Portugal e Castela, D. Constança só chegou a Portugal 3 anos após o casamento. No seu séquito, trazia a camareira Inês de Castro, que provinha de uma antiga e poderosa família nobre galega. D. Pedro I apaixonou-se por ela. Em 1345, D. Constança morrer após o parto do seu filho o futuro rei D. Fernando I. D. Pedro I passa a viver publicamente com D. Inês, nascendo desta relação três filhos. O seu pai, D Afonso IV, não aceitou esta relação, e em 1355, condenou D. Inês à morte por alta traição.

Após subir ao trono, D. Pedro I vingou a morte da sua amada e decretou que se honrasse D. Inês como rainha de Portugal. Quando em 1361 os sarcófagos ficaram prontos, D. Pedro I mandou colocá-los na igreja de Alcobaça e mandou trasladar os restos mortais de D. Inês de Coimbra para Alcobaça, sob o olhar da maior parte da nobreza e da população. No seu testamento, D. Pedro I determinou ser enterrado no outro sarcófago de forma a que, quando o casal ressuscitasse no dia do Juízo Final, se olhassem nos olhos.
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